quarta-feira, 11 de junho de 2014



 



                                     UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL


                                        LICENCIATURA EM MATEMÀTICA



              CURSISTAS: Douglas Pereira do Nascimento.
                                       Fabiana Taveira Silva.
                                       João Paulo Ferreira Neto.
                                       Luciene Rosa da Silva Tosta.
                                       Miraci Guedes dos santos.                                        
                                    
PROFESSOR ORIENTADOR: Thiago Pedro Pinto.
PROFESSORAS TUTORAS: Andréia de Jesus Martins e Sandra Bertonha.


RELATÓRIO DA OFICINA TEATRAL

Foi proposto na reunião semanal do PIBID, para desenvolvermos uma atividade para trabalhar com a turma do EJA, com a equação de segundo grau de forma lúdica. O nosso grupo foi composto pelos acadêmicos; Douglas; Fabiana; João Paulo; Luciene; Miraci, no mesmo dia começamos a buscar ideias e como nos foi proposto a trabalhar de uma forma não tradicional optamos, então pelo teatro. Nesse momento surgiram varias ideias, mas nada concreto, através das reuniões do grupo as ideias foram aparecendo e colocamos no papel e com a ajuda de todos chegamos ao bom senso. Tivemos algumas dificuldades em conciliar horários e dias que fosse bom para todos, mas com o passar do tempo conseguimos nos ajustar e fizemos alguns ensaios bem produtivos aonde, todos puderam colaborar com o seu melhor. Em relação ao exercício proposto realizado no teatro pensamos numa resolução de problemas que seja de conhecimento de todos; tal como uma situação de compra e venda de uma terra só que para isto utilizamos as equações do segundo grau.

Resumo do teatro
          Nosso grupo de teatro foi formado por 5 alunos, conforme relação abaixo:
* Douglas (filho do Proprietário do terreno);
* João (Proprietário do terreno);
* Luciene (Esposa do proprietário do terreno);
* Fabiana (Compradora interessada no terreno);
* Miraci (Fez a apresentação do grupo e ficou responsável pela aplicação dos exercícios após o teatro, além de contribuir diretamente na elaboração das falas);
Pouco antes dos alunos entrarem na sala onde apresentaríamos o teatro, o grupo fez o reconhecimento do local e começou a preparação da “mesa de café” com dois tipos de bolo e café de verdade, visto que o teatro acontecia na casa do seu “João”, neste momento sentimos bastante nervosismo, pois ficamos sabendo que seriam duas turmas que nos assistiriam ao mesmo tempo. Depois de preparar o local, saímos da sala e ficamos esperando do lado de fora, pois queríamos que os alunos nos vissem pela primeira vez quando a peça começasse.
Então os alunos começaram a entrar na classe e ficamos ainda mais nervosos e ansiosos, pois havia um bom numero de alunos reunidos na sala.
O teatro teve início, com a “esposa do proprietário (Luciene)” (Luciene) arrumando em uma mesa a refeição de seu “marido (João)” (João). E João chega em casa cabisbaixo, pois não tinha dinheiro pra comprar sementes para plantação, nem pra investir em suas terras. Neste momento a esposa sugere que João venda apenas uma parte das terras, e desta forma ganharia dinheiro para investir na terra que sobrasse. João diz que já tinha pensado nisso e que tinha até comentado isso com o “Sr. Zé do mercadinho”. Neste meio tempo chega a “Compradora (Fabiana)” dizendo que tinha ouvido no mercadinho do “Sr. Zé”, que o João gostaria de vender uma parte de suas terras. O Sr. João neste momento pega a “Escritura do Terreno”, que na verdade tratava-se de uma cartolina preparada anteriormente com as dimensões do terreno e sua área total (816 Hectares²) para que os alunos pudessem visualizar melhor o problema. O Sr João começa a mostrar o formato e as dimensões do terreno a Dona Fabiana, e diz que só quer vender uma parte, pois gostaria de arrecadar um pouco de dinheiro para investir na parte que sobraria, Dona Fabiana continua interessada, mas diz que pra poder saber se realmente valeria o investimento ela precisaria saber o tamanho dos corredores “verdes” conforme segue quadro abaixo:
- Área a ser vendida para Dona Fabiana é a área representada pelo X, ou seja, a área pintada de verde. - Área que continuaria sendo usada pelo Sr. João tem as dimensões que estão marcadas (16x26).
Porém neste momento, surge um impasse, pois nem o Sr João, nem Dona Fabiana conseguem descobrir como calcular a área dos “corredores verdes”, nesta hora o Sr João resolve acordar o “filho (Douglas)”, que se encontrava em casa dormindo para ajudar. O aluno Douglas estava desde o início do teatro na ultima cadeira da sala fingindo que estava dormindo, e é acordado pelo pai (Sr João), ao ser acordado ele diz para o pai que sabe como descobrir o tamanho dos corredores, pois esta tendo uma matéria na escola chamada “Equação do segundo grau”, mas que não se lembra direito e diz que fará com a ajuda do Pai e da Dona Fabiana (e principalmente dos alunos da sala).
Nesta parte do teatro foi feita realmente a “explicação” da matéria, porém sendo dada oportunidade para os alunos interagirem o tempo todo, e a grande maioria participou bastante, e todos, sem exceção, prestaram atenção e se comportaram do início ao fim. Foi dada bastante liberdade para os alunos participarem ativamente da resolução, assim sendo, às vezes eles davam respostas erradas e mesmo assim tentávamos fazer do jeito deles, já que não se tratava de uma “aula” e sim de uma tentativa de resolver um problema real, mas sempre explicávamos qual era a falha daquele raciocínio e porque o resultado não era satisfatório naqueles casos.
Pudemos perceber uma participação muito positiva da turma, chegando a nos surpreender, pois não sabíamos o que esperar. Uma das grandes surpresas foi que percebemos que praticamente todos os alunos só conseguiam calcular utilizando a variável “X”, ao trocar a variável eles não sabiam por onde começar, por isso resolvemos usar a letra “R”, para mostrar que isso não importava nos cálculos.
Praticamente tudo o que colocávamos no quadro falávamos alunos intervinham e respondiam, claro que em vários momentos direcionávamos o raciocínio, mas sempre esperávamos que eles falassem, estimulando a participação dos alunos.
Ao final do teatro, cada aluno se apresentou, e oferecemos a turma bolo e café e eles comeram junto conosco, depois reunimos toda a turma para uma grande foto.
No geral, foi um grande aprendizado, sem dúvida, uma experiência enriquecedora em todos os sentidos que contribuiu um pouco mais para nossa formação como professores de matemática.
Finalizando com o depoimento de uma integrante do grupo:
Com a oportunidade que surgiu de trabalharmos com a turma do EJA, veio à sensação de desafio e junto dela sentimentos de medo, alegria, euforia e a vontade de fazer o melhor. Pois somos uma turma muito parecida com a deles. O exemplo da maioria é: já ter certa idade, trabalha durante o dia todo, no caso das mulheres tem ainda a responsabilidade pela casa e filhos. Então são pessoas que tem vários motivos, isso é se assim podemos disser para não prosseguir com os estudos. Mais descobriram que tem milhões de outros motivos para prosseguir. Como por exemplo, investir em si mesmo através da busca do conhecimento e da capacitação até chegar a ter formação e trilhar caminhos além daquilo que já conquistaram.
A experiência em si foi gratificante, mesmo com o nervosismo do grupo os trabalhos foram fruindo e quando conseguimos conquistar a atenção e vontade de participar da turma do EJA, foi maravilhosa, pois a sensação de confiança e de fazer o melhor tomou conta do nosso grupo e aquilo que começou um pouco tímido foi virando algo inesquecível para todos nós do grupo.
Ao professor Dr. Thiago e as tutoras Sandra e Andréia o meu muito obrigado. Aos meus colegas: Miraci, João Paulo, Luciene e Douglas, quero dizer, vencemos mais um desafio e saímos com o gostinho de estarmos prontos para outra. Obrigada por tudo.
 


RELATÓRIO DA OFICINA - TRILHA DA MATEMÁTICA

        Este trabalho foi realizado na Escola Estadual Caetano Pinto, na data de 14 de maio de 2014, pelas acadêmicas: Ilca Regina Fernandes dos SantosJocimara Bento Teixeira, Pamela Glajchman,  Nayara Monaco Mendes  e Suzan Kelly Dias, com o apoio da professora supervisora Sandra Regina. (Devido a alguns problemas pessoais as acadêmicas Ilca Regina  e Pamella Glajchman, não puderam comparecer na data da apresentação).
        Com o objetivo de tornar claro este documento, o trabalho está dividido em sete partes:
1.) Organização do planejamento de aula e atividades.
2.) Uma breve descrição do conteúdo a ser trabalhado em sala de aula.
3.) Descrição do jogo realizado regras e como jogar.
4.) Apresentação das cartas do jogo, com os exercícios propostos.
5.) Resolução dos exercícios propostos nas cartas utilizadas no jogo.
6.) O formato da trilha que foi utilizado em sala de aula.7.)  Relatório final.
        Neste documento está relatado o conteúdo e a forma como foi trabalhada a atividade com os alunos do 9°ano, e o mais importante, retrata também a  experiência adquirida pela equipe que desenvolveu o trabalho. Antes de desenvolver esta atividade em sala, a professora Sandra já vinha trabalhando o conteúdo equações de 2° grau com a turma, o que facilitou e agilizou o entendimento dos alunos, sabemos que sem um conhecimento prévio seria inviável aplicar tal atividade. A  professora Sandra iniciou a atividade, fazendo as apresentações formais e em seguida Nayara foi ao quadro fazendo uma breve explicação sobre equações de 2° grau, enfatizando, as características principais de uma equação de 2° grau(elevada 2), as formas que podem ser encontradas (em caso de equações incompletas), e as possibilidades para calcular(por Bhaskara ou por soma e produto).
        Em seguida o restante do grupo Jocimara e Suzan, explicaram aos alunos as regras do jogo da trilha matemática e deram inicio a competição entre os alunos, sempre auxiliando os alunos na resolução dos exercícios propostos. Notamos que mesmo por ser uma turma pequena, contando com nove alunos, sendo um especial que conta com o apoio de um intérprete de libras, o desenvolvimento da aula foi melhor do que o esperado. Sentimos um pouco de receio em trabalhar com um aluno especial, mas a presença do interprete nos auxiliou muito, e o aluno especial foi uma grande surpresa, na verdade ele foi o aluno que mais se destacou. O que poderia ter sido uma dificuldade na verdade foi um facilitador, o aluno além de se destacar auxiliou seus colegas, o que nos deixou muito impressionadas, realmente um exemplo de vida.
        O interesse dos alunos e a vontade em participar da brincadeira superou todas as nossas expectativas. Contamos com a ajuda do aluno João Paulo para montar a trilha. Observamos que por se tratar de um jogo, a atividade estimulou o lado competitivo  e aumentou ainda mais o interesse dos alunos, os questionamentos levantados nas cartas foram prontamente respondidos pelos alunos e quando surgiam as dúvidas eles eram direcionados pela equipe, fazendo isto de maneira rápida sem dispersar a atenção da classe. Logo no primeiro momento, os grupos se dividiram, e já notamos que havia uma enorme vontade de vencer a brincadeira, mesmo explicando que não importava a vitória e sim a participação, a disputa foi acirrada.
Concluímos que aplicar uma atividade deste porte em sala de aula é muito interessante, porém, a atividade deve ser muito bem elaborada para que os resultados sejam atingidos, uma atividade mal executada pode ter um efeito negativo na classe, pode sugerir certa desordem do conteúdo. É importante saber que o bom desempenho na aplicação deste jogo só foi possível pois os alunos já apresentavam um conhecimento prévio, este conhecimento foi a base para sugerirmos novas formas de pensar, por se tratar de uma atividade lúdica a aceitação e interesse por parte dos alunos foi máxima, facilitando muito o desenvolvimento do conteúdo.
        Tínhamos dois grupos A e B, sendo que o grupo A era composto de duas meninas e dois meninos mais o interprete. O grupo B composto por cinco meninos, que julgavam  serem os mais inteligentes da turma. E a todo o momento cantavam a vitória. No entanto o grupo A teve o maior número  de acertos  e por fim a vitória no jogo. Neste quesito, ficamos satisfeitas, pois a atividade tinha a proposta de ser divertida e realmente atingiu seu objetivo.
        Todos foram premiados ao final da atividade e mesmo ficando em segundo lugar o grupo B, teve um prêmio que dividiram entre si. Por fim, agradecemos  a participação e o interesse deles. Ficou claro para nós que, embora seja inviável aplicar uma atividade deste nível em todos os conteúdos no decorrer de um ano normal, realizar uma atividade deste tipo algumas vezes pode ser interessante, pois estimula o interesse dos alunos e envolve a turma num mesmo objetivo, estreita as relações de confiança e amizade entre professor/aluno e aluno/aluno facilitando o aprendizado que é objetivo principal do nosso trabalho.
        Foi muito gratificante realizar esta atividade e saber que contribuímos com o aprendizado destes alunos. Para nós ficou esta incrível experiência de estar em sala de aula, pois o receio de não sermos bem aceitas era grande. A atividade ficou bem distribuída para o tempo de duração da aula, os exercícios selecionados estavam adequados ao nível de conhecimento dos alunos, conseguimos prender a atenção dos alunos durante toda a competição e observamos um ótimo desempenho e envolvimento dos alunos durante a atividade, tivemos um grande aproveitamento.
        Agradecemos a professora Sandra Regina por estar ao nosso lado neste momento, a professora Andreia de Jesus Martins e ao professor Thiago Pedro Pinto apesar de sua ausência. Obrigado por nos proporcionar esta tarefa tão gratificante.





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