UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL
LICENCIATURA EM MATEMÀTICA
CURSISTAS: Douglas Pereira do Nascimento.
Fabiana
Taveira Silva.
João
Paulo Ferreira Neto.
Luciene
Rosa da Silva Tosta.
Miraci
Guedes dos santos.
PROFESSOR ORIENTADOR: Thiago Pedro Pinto.
PROFESSORAS TUTORAS: Andréia de Jesus Martins e Sandra Bertonha.
RELATÓRIO DA OFICINA TEATRAL
Foi
proposto na reunião semanal do PIBID, para desenvolvermos uma atividade para
trabalhar com a turma do EJA, com a equação de segundo grau de forma lúdica. O
nosso grupo foi composto pelos acadêmicos; Douglas; Fabiana; João Paulo;
Luciene; Miraci, no mesmo dia começamos a buscar ideias e como nos foi proposto
a trabalhar de uma forma não tradicional optamos, então pelo teatro. Nesse
momento surgiram varias ideias, mas nada concreto, através das reuniões do
grupo as ideias foram aparecendo e colocamos no papel e com a ajuda de todos chegamos
ao bom senso. Tivemos algumas dificuldades em conciliar horários e dias que
fosse bom para todos, mas com o passar do tempo conseguimos nos ajustar e
fizemos alguns ensaios bem produtivos aonde, todos puderam colaborar com o seu
melhor. Em relação ao exercício proposto realizado no teatro pensamos numa
resolução de problemas que seja de conhecimento de todos; tal como uma situação
de compra e venda de uma terra só que para isto utilizamos as equações do
segundo grau.
Resumo do teatro
Nosso grupo de teatro foi
formado por 5 alunos, conforme relação abaixo:
* Douglas (filho do Proprietário
do terreno);
* João (Proprietário do
terreno);
* Luciene (Esposa do
proprietário do terreno);
* Fabiana (Compradora
interessada no terreno);
* Miraci (Fez a apresentação do
grupo e ficou responsável pela aplicação dos exercícios após o teatro, além de
contribuir diretamente na elaboração das falas);
Pouco antes
dos alunos entrarem na sala onde apresentaríamos o teatro, o grupo fez o
reconhecimento do local e começou a preparação da “mesa de café” com dois tipos
de bolo e café de verdade, visto que o teatro acontecia na casa do seu “João”,
neste momento sentimos bastante nervosismo, pois ficamos sabendo que seriam
duas turmas que nos assistiriam ao mesmo tempo. Depois de preparar o local,
saímos da sala e ficamos esperando do lado de fora, pois queríamos que os
alunos nos vissem pela primeira vez quando a peça começasse.
Então os
alunos começaram a entrar na classe e ficamos ainda mais nervosos e ansiosos,
pois havia um bom numero de alunos reunidos na sala.
O teatro teve
início, com a “esposa do proprietário (Luciene)” (Luciene) arrumando em uma
mesa a refeição de seu “marido (João)” (João). E João chega em casa cabisbaixo,
pois não tinha dinheiro pra comprar sementes para plantação, nem pra investir
em suas terras. Neste momento a esposa sugere que João venda apenas uma parte
das terras, e desta forma ganharia dinheiro para investir na terra que sobrasse.
João diz que já tinha pensado nisso e que tinha até comentado isso com o “Sr.
Zé do mercadinho”. Neste meio tempo chega a “Compradora (Fabiana)” dizendo que
tinha ouvido no mercadinho do “Sr. Zé”, que o João gostaria de vender uma parte
de suas terras. O Sr. João neste momento pega a “Escritura do Terreno”, que na
verdade tratava-se de uma cartolina preparada anteriormente com as dimensões do
terreno e sua área total (816 Hectares²) para que os alunos pudessem visualizar
melhor o problema. O Sr João começa a mostrar o formato e as dimensões do
terreno a Dona Fabiana, e diz que só quer vender uma parte, pois gostaria de
arrecadar um pouco de dinheiro para investir na parte que sobraria, Dona
Fabiana continua interessada, mas diz que pra poder saber se realmente valeria
o investimento ela precisaria saber o tamanho dos corredores “verdes” conforme
segue quadro abaixo:
- Área a ser vendida para Dona
Fabiana é a área representada pelo X, ou seja, a área pintada de verde. - Área
que continuaria sendo usada pelo Sr. João tem as dimensões que estão marcadas
(16x26).
Porém neste
momento, surge um impasse, pois nem o Sr João, nem Dona Fabiana conseguem
descobrir como calcular a área dos “corredores verdes”, nesta hora o Sr João
resolve acordar o “filho (Douglas)”, que se encontrava em casa dormindo para
ajudar. O aluno Douglas estava desde o início do teatro na ultima cadeira da
sala fingindo que estava dormindo, e é acordado pelo pai (Sr João), ao ser
acordado ele diz para o pai que sabe como descobrir o tamanho dos corredores,
pois esta tendo uma matéria na escola chamada “Equação do segundo grau”, mas
que não se lembra direito e diz que fará com a ajuda do Pai e da Dona Fabiana
(e principalmente dos alunos da sala).
Nesta parte
do teatro foi feita realmente a “explicação” da matéria, porém sendo dada
oportunidade para os alunos interagirem o tempo todo, e a grande maioria
participou bastante, e todos, sem exceção, prestaram atenção e se comportaram
do início ao fim. Foi dada bastante liberdade para os alunos participarem
ativamente da resolução, assim sendo, às vezes eles davam respostas erradas e
mesmo assim tentávamos fazer do jeito deles, já que não se tratava de uma
“aula” e sim de uma tentativa de resolver um problema real, mas sempre
explicávamos qual era a falha daquele raciocínio e porque o resultado não era
satisfatório naqueles casos.
Pudemos perceber
uma participação muito positiva da turma, chegando a nos surpreender, pois não
sabíamos o que esperar. Uma das grandes surpresas foi que percebemos que
praticamente todos os alunos só conseguiam calcular utilizando a variável “X”,
ao trocar a variável eles não sabiam por onde começar, por isso resolvemos usar
a letra “R”, para mostrar que isso não importava nos cálculos.
Praticamente
tudo o que colocávamos no quadro falávamos alunos intervinham e respondiam,
claro que em vários momentos direcionávamos o raciocínio, mas sempre
esperávamos que eles falassem, estimulando a participação dos alunos.
Ao final do
teatro, cada aluno se apresentou, e oferecemos a turma bolo e café e eles
comeram junto conosco, depois reunimos toda a turma para uma grande foto.
No geral, foi
um grande aprendizado, sem dúvida, uma experiência enriquecedora em todos os
sentidos que contribuiu um pouco mais para nossa formação como professores de
matemática.
Finalizando
com o depoimento de uma integrante do grupo:
Com a
oportunidade que surgiu de trabalharmos com a turma do EJA, veio à sensação de
desafio e junto dela sentimentos de medo, alegria, euforia e a vontade de fazer
o melhor. Pois somos uma turma muito parecida com a deles. O exemplo da maioria
é: já ter certa idade, trabalha durante o dia todo, no caso das mulheres tem
ainda a responsabilidade pela casa e filhos. Então são pessoas que tem vários
motivos, isso é se assim podemos disser para não prosseguir com os estudos.
Mais descobriram que tem milhões de outros motivos para prosseguir. Como por
exemplo, investir em si mesmo através da busca do conhecimento e da capacitação
até chegar a ter formação e trilhar caminhos além daquilo que já conquistaram.
A experiência
em si foi gratificante, mesmo com o nervosismo do grupo os trabalhos foram
fruindo e quando conseguimos conquistar a atenção e vontade de participar da
turma do EJA, foi maravilhosa, pois a sensação de confiança e de fazer o melhor
tomou conta do nosso grupo e aquilo que começou um pouco tímido foi virando
algo inesquecível para todos nós do grupo.
Ao professor
Dr. Thiago e as tutoras Sandra e Andréia o meu muito obrigado. Aos meus
colegas: Miraci, João Paulo, Luciene e Douglas, quero dizer, vencemos mais um desafio e saímos com o gostinho de estarmos
prontos para outra. Obrigada por tudo.
RELATÓRIO
DA OFICINA - TRILHA DA MATEMÁTICA
Este trabalho foi realizado na
Escola Estadual Caetano Pinto, na data de 14 de maio de 2014, pelas
acadêmicas: Ilca Regina Fernandes dos Santos, Jocimara Bento Teixeira, Pamela Glajchman, Nayara Monaco
Mendes e Suzan Kelly Dias, com o apoio da professora supervisora Sandra
Regina. (Devido a alguns problemas pessoais as acadêmicas Ilca Regina e
Pamella Glajchman, não puderam comparecer na data da apresentação).
Com o objetivo de tornar claro
este documento, o trabalho está dividido em sete partes:
1.) Organização do planejamento de
aula e atividades.
2.) Uma breve descrição do conteúdo
a ser trabalhado em sala de aula.
3.) Descrição do jogo realizado
regras e como jogar.
4.) Apresentação das cartas do jogo, com os exercícios
propostos.
5.) Resolução dos exercícios
propostos nas cartas utilizadas no jogo.
6.) O formato da trilha que foi
utilizado em sala de aula.7.) Relatório
final.
Neste documento está relatado o conteúdo e a forma
como foi trabalhada a atividade com os alunos do 9°ano, e o mais importante,
retrata também a experiência adquirida pela equipe que desenvolveu o
trabalho. Antes de desenvolver esta atividade em sala, a professora Sandra já
vinha trabalhando o conteúdo equações de 2° grau com a turma, o que facilitou e
agilizou o entendimento dos alunos, sabemos que sem um conhecimento prévio
seria inviável aplicar tal atividade. A professora Sandra iniciou a
atividade, fazendo as apresentações formais e em seguida Nayara foi ao quadro
fazendo uma breve explicação sobre equações de 2° grau, enfatizando, as
características principais de uma equação de 2° grau(elevada 2), as formas que
podem ser encontradas (em caso de equações incompletas), e as possibilidades
para calcular(por Bhaskara ou por soma e produto).
Em seguida o restante do grupo Jocimara e Suzan,
explicaram aos alunos as regras do jogo da trilha matemática e deram inicio a
competição entre os alunos, sempre auxiliando os alunos na resolução dos
exercícios propostos. Notamos que mesmo por ser uma turma pequena, contando com
nove alunos, sendo um especial que conta com o apoio de um intérprete de
libras, o desenvolvimento da aula foi melhor do que o esperado. Sentimos um
pouco de receio em trabalhar com um aluno especial, mas a presença do
interprete nos auxiliou muito, e o aluno especial foi uma grande surpresa, na
verdade ele foi o aluno que mais se destacou. O que poderia ter sido uma
dificuldade na verdade foi um facilitador, o aluno além de se destacar auxiliou
seus colegas, o que nos deixou muito impressionadas, realmente um exemplo de
vida.
O interesse dos alunos e a vontade em participar da
brincadeira superou todas as nossas expectativas. Contamos com a ajuda do aluno
João Paulo para montar a trilha. Observamos que por se tratar de um jogo, a
atividade estimulou o lado competitivo e aumentou ainda mais o interesse
dos alunos, os questionamentos levantados nas cartas foram prontamente
respondidos pelos alunos e quando surgiam as dúvidas eles eram direcionados
pela equipe, fazendo isto de maneira rápida sem dispersar a atenção da classe.
Logo no primeiro momento, os grupos se dividiram, e já notamos que havia uma
enorme vontade de vencer a brincadeira, mesmo explicando que não importava a
vitória e sim a participação, a disputa foi acirrada.
Concluímos que aplicar uma atividade deste porte em
sala de aula é muito interessante, porém, a atividade deve ser muito bem
elaborada para que os resultados sejam atingidos, uma atividade mal executada
pode ter um efeito negativo na classe, pode sugerir certa desordem do conteúdo.
É importante saber que o bom desempenho na aplicação deste jogo só foi possível
pois os alunos já apresentavam um conhecimento prévio, este conhecimento foi a
base para sugerirmos novas formas de pensar, por se tratar de uma atividade
lúdica a aceitação e interesse por parte dos alunos foi máxima, facilitando
muito o desenvolvimento do conteúdo.
Tínhamos dois grupos A e B, sendo que o grupo A era
composto de duas meninas e dois meninos mais o interprete. O grupo B composto
por cinco meninos, que julgavam serem os mais inteligentes da turma. E a
todo o momento cantavam a vitória. No entanto o grupo A teve o maior
número de acertos e por fim a vitória no jogo. Neste quesito,
ficamos satisfeitas, pois a atividade tinha a proposta de ser divertida e
realmente atingiu seu objetivo.
Todos foram premiados ao final da atividade e mesmo
ficando em segundo lugar o grupo B, teve um prêmio que dividiram entre si. Por
fim, agradecemos a participação e o interesse deles. Ficou claro para nós
que, embora seja inviável aplicar uma atividade deste nível em todos os
conteúdos no decorrer de um ano normal, realizar uma atividade deste tipo
algumas vezes pode ser interessante, pois estimula o interesse dos alunos e
envolve a turma num mesmo objetivo, estreita as relações de confiança e amizade
entre professor/aluno e aluno/aluno facilitando o aprendizado que é objetivo
principal do nosso trabalho.
Foi muito gratificante realizar esta atividade e
saber que contribuímos com o aprendizado destes alunos. Para nós ficou esta
incrível experiência de estar em sala de aula, pois o receio de não sermos bem
aceitas era grande. A atividade ficou bem distribuída para o tempo de duração
da aula, os exercícios selecionados estavam adequados ao nível de conhecimento
dos alunos, conseguimos prender a atenção dos alunos durante toda a competição
e observamos um ótimo desempenho e envolvimento dos alunos durante a atividade,
tivemos um grande aproveitamento.
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